segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Cervejaria Esportiva / Teixeira & Ribeiro



Baseado na dissertaçãoFábrica Santo Aleixo - Joana Lima Figueiredo

Por volta de 1915, a Companhia Mageense (Fábrica Andorinhas de tecidos) aproveitou o motor de um caminhão e construiu um bonde para ligar Magé a Santo Aleixo, transportando assim os materiais das fábricas e a população, fazendo duas viagens por dia. Trabalhavam como motoristas nessa linha, segundo Ribeiro, o Sr. Justo Costa, Acácio, Geraldo, Alfredo e João Ribeiro. O bondinho deixou de funcionar em 1934 quando a Companhia Mageense colocou a Fábrica Andorinhas à venda.


João Ribeiro, natural da Bahia, chegou em Magé - RJ, na década de 1920, foi um dos motoristas do antigo bondinho. Ele, em 1928, casou com uma das filhas de Henrique Lima Teixeira, conhecido como “Henrique Rosa”, filho de José Teixeira, antigo proprietário da Cervejaria Santo Aleixo.

Os dois resolveram montar a Cervejaria Esportiva, fabricando cerveja natural branca e preta chamada de Cerveja Esporte.

   

A cervejaria de Henrique Lima Teixeira (Henrique "Rosa") e do João Ribeiro começou no Cavado e depois foi transferida para a ViIa Guarany, funcionava onde hoje é o “Higor Bar”, próximo a Policlínica de Santo Aleixo. O químico responsável era um alemão. A Cerveja Esportiva tinha a garrafa fechada com rolha de cortiça amarrada com barbante.

Os funcionários eram da própria família, segundo relato de Maria Lourdes Teixeira Moreira, filha de Henrique Lima Teixeira, a “Dona Lourdes” que trabalhou na cervejaria. Ela ainda lembra quando a cevada era fervida numa grande caldeira, levada até o resfriador, ficando num tonel durante alguns dias, para depois ser filtrada e engarrafada. “Em todas as garrafas tinha o selo, com a inscrição Teixeira & Ribeiro. Eles eram escritos e recortados por mim”, recorda D. Lourdes.

A Cervejaria Esportiva possuía transporte próprio e o produto era levado para outras localidades, ao contrário da Cerveja Andorinhas. Como não possuíam geladeira, a cerveja era refrescada em uma espécie de cisterna, emboçada com cimento liso.

As garrafas eram lavadas, depois de consumidas, em um tanque de aproximadamente cinco metros, com soda cáustica e água fervendo.

No começo da década de 1940, a cervejaria deixou de funcionar, tornando-se o “Bar do Seu João Ribeiro”.

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