domingo, 8 de maio de 2022

Fábrica de Cerveja Lobo & Oliveira / Princeza



Em 10 de março de 1874, o jornal Diário do Rio de janeiro publica que no Tribunal do Comércio durante a semana de 23 a 28 de fevereiro foi feito o registro um contrato entre os negociantes portugueses Manoel Joaquim de Oliveira e Theodoro Fiel de Souza Lobo para fábrica de cerveja com o capital de Rs 30:000$000 sob a firma Lobo & Oliveira.

Nesse ano compram a fábrica de cerveja Princeza, existente desde 1870, de Manoel Joaquim Gomes de Carvalho estabelecido à Rua do Conde D’Eu 81 (atual Rua Frei Caneca) e Rua do Senado 152.

Em 28 de julho de 1877, o jornal Diário do Rio de janeiro publica que, na sessão de 26 de julho da Junta Comercial, foi deferido o requerimento de Lobo & Oliveira para o registro de marca de seus produtos.


Em 17 de novembro de 1877, o Jornal do Comércio publica que, na sessão de 15 de novembro da Junta Comercial, foi feito o registro do distrato da firma Lobo & Oliveira.


terça-feira, 17 de agosto de 2021

Fábrica de Cerveja Santo Aleixo - Claussen & Teixeira



Baseado na dissertaçãoFábrica Santo Aleixo - Joana Lima Figueiredo

Além das fábricas de tecidos, outras fábricas ficaram famosas no município de Magé, mais propriamente no distrito de Santo Aleixo. Muitos ainda comentam sobre as cervejarias que lá funcionaram. Tudo começou - segundo o pesquisador Sciammarella - por volta de 1908, quando Henrique Fernando Claussen e José Teixeira instalaram, no bairro do Cavado, a Fábrica de Cervejas Santo Aleixo que fabricava a Cerveja Andorinhas.


Henrique Fernando Claussen, nasceu na Rua do Theatro em 3 de maio se 1838, onde residiam seus pais Jacob Ferdinand Claussen e Caroline Claussen (de solteira muller Weiss) dinamarqueses, aqui chegados em 1826. Instalou-se em Teresópolis aos 30 anos de idade, indo residir com seus pais no lugar denominado Posse e mais tarde na Fazenda Imbuhy, foi casado com Maria Catharina de Oliveira, nascendo dessa união sete filhos: Carolina, Christina, Henrique, Luiza, Laura, Fernando e José. Foi o primeiro presidente da Câmara quando Teresópolis foi elevada à categoria de cidade em 1892, exerceu, também, os cargos de delegado de policia e inspetor escolar durante 22 anos. Era chamado de vovô Fernando e faleceu com cem anos de idade, em 15 de maio de 1938, em Terezópolis-RJ.


José Teixeira, mais conhecido como “Juca Rosa”, morava em Santo Aleixo, enquanto Henrique Claussen, morava em Teresópolis.

Infelizmente não se dispõem de muitas informações, mas segundo informações, ainda é possível encontrar as ruínas onde funcionava o antigo açude que fornecia águas para as comunidades do Chalé e do Poço Escuro. Segundo relatos dos próprios moradores, com o tempo a cervejaria deixou de funcionar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Cervejaria Esportiva / Teixeira & Ribeiro



Baseado na dissertaçãoFábrica Santo Aleixo - Joana Lima Figueiredo

Por volta de 1915, a Companhia Mageense (Fábrica Andorinhas de tecidos) aproveitou o motor de um caminhão e construiu um bonde para ligar Magé a Santo Aleixo, transportando assim os materiais das fábricas e a população, fazendo duas viagens por dia. Trabalhavam como motoristas nessa linha, segundo Ribeiro, o Sr. Justo Costa, Acácio, Geraldo, Alfredo e João Ribeiro. O bondinho deixou de funcionar em 1934 quando a Companhia Mageense colocou a Fábrica Andorinhas à venda.


João Ribeiro, natural da Bahia, chegou em Magé - RJ, na década de 1920, foi um dos motoristas do antigo bondinho. Ele, em 1928, casou com uma das filhas de Henrique Lima Teixeira, conhecido como “Henrique Rosa”, filho de José Teixeira, antigo proprietário da Cervjaria Santo Aleixo.

Os dois resolveram montar a Cervejaria Esportiva, fabricando cerveja natural branca e preta chamada de Cerveja Esporte.

   

A cervejaria de Henrique Lima Teixeira (Henrique "Rosa") e do João Ribeiro começou no Cavado e depois foi transferida para a ViIa Guarany, funcionava onde hoje é o “Higor Bar”, próximo a Policlínica de Santo Aleixo. O químico responsável era um alemão. A Cerveja Esportiva tinha a garrafa fechada com rolha de cortiça amarrada com barbante.

Os funcionários eram da própria família, segundo relato de Maria Lourdes Teixeira Moreira, filha de Henrique Lima Teixeira, a “Dona Lourdes” que trabalhou na cervejaria. Ela ainda lembra quando a cevada era fervida numa grande caldeira, levada até o resfriador, ficando num tonel durante alguns dias, para depois ser filtrada e engarrafada. “Em todas as garrafas tinha o selo, com a inscrição Teixeira & Ribeiro. Eles eram escritos e recortados por mim”, recorda D. Lourdes.

A Cervejaria Esportiva possuía transporte próprio e o produto era levado para outras localidades, ao contrário da Cerveja Andorinhas. Como não possuíam geladeira, a cerveja era refrescada em uma espécie de cisterna, emboçada com cimento liso.

As garrafas eram lavadas, depois de consumidas, em um tanque de aproximadamente cinco metros, com soda cáustica e água fervendo.

No começo da década de 1940, a cervejaria deixou de funcionar, tornando-se o “Bar do Seu João Ribeiro”.

sábado, 24 de julho de 2021

Fábrica de Cerveja Leão / Cervejaria Leão Ltda.



Existiu no Rio de Janeiro/RJ uma cervejaria com o nome “leão” fundada lá pelos anos 1890, por Martins, Irmão & Cia, na Rua do Senado 172A. Em 14 de março de 1891 foi dissolvida a sociedade com a saída de Manoel José Martins Maia (a fábrica vendeu 200kg de cola de peixe, 9 pipas, 2 tinas de fermentação e uma bomba).

O Martins remanescente (José Martins Maia) fez uma sociedade com Veiga e Blanco (Veiga, Martins, Blanco & Cia) e em 12 de janeiro de 1892 começou a produzir cervejas.


Em 26 de janeiro de 1892 o Jornal do Comércio publica que na sessão de 11 de janeiro da Junta Comercial do Rio de Janeiro foi registrado o contrato social entre João José Veiga, José Martins Maia e Antonio Alonso Blanco sob a firma Veiga, Martins, Blanco & Cia.


Em 8 de novembro de 1893 o jornal O Tempo publica que na sessão de 16 de outubro da Junta Comercial foi indeferido o requerimento de registro da marca cerveja Leão por ter o emblema idêntico à marca já registrada por Alves, Bastos e Peixoto em 19 de maio de 1882. Nesse ano produz as cervejas: Stout Brazil, Especial Palle-Alle, Simples e Dupla Branca, simples Preta e Parda (cerveja Leão)

Em 20 de outubro de 1895 o Jornal do Comercio publica que o Juiz Salvador Antonio Moniz Barreto declarou a falência da firma Veiga, Martins, Blanco & Cia, estabelecida com a Fábrica de Cerveja Leão a contar de 31 de maio do corrente ano.

Em 6 de janeiro de 1896 o Jornal do Comercio publica o anúncio do leilão da massa falida de Veiga, Martins, Blanco & Cia para o dia seguinte, tendo seu término em 1897.


Em 1897 passou a pertencer a Joaquim Pereira Cortez (J.P. Cortez deve ter comprado no leilão)

Em 24 de março de 1901, Joaquim Pereira Cortez, anuncia na Gazeta de Notícias o aumento dos preços da cerveja.



Em 16 de outubro de 1902, por despacho da Junta Comercial foi registrada sob o nº 3.472, a cerveja branca marca Rei da Itália para J. P. Cortez.

Em 1903 passou a pertencer a firma Gonzales, Alonso & Cia.


Em 1º de janeiro de 1904 o Diário oficial da União publica que foi registrada na sessão de 14 de outubro de 1903 da Junta Comercial do Rio de Janeiro a marca Fábrica de Cerveja Leão.

Em 13 de outubro de 1905 falece em Portugal o Sr. Joaquim Pereira Cortez (envenenado por acidente com cogumelos).

Em 1906 A Cervejaria Leão, situada na Rua Frei Caneca nº 79, entrou em liquidação (falência), tendo terminado o processo em 1907.

Em 1907 (deve ter havido um leilão) passou a pertencer a Remesal & Iglezias (Francisco Remesal Perez e João Iglezias Rodrigues) e tendo como endereço a Rua Frei Caneca 93 (antigo 79), além do antigo endereço da Rua do Senado 260 (antigo 172 A).

Em 20 de setembro de 1907, o Diário oficial da União publica que Remesal & Iglezias registram na sessão de 31 de julho de 1907 da Junta Comercial do Rio de Janeiro a cerveja branca da marca Leão, sob o nº 5308 e na sessão de 5 de setembro de 1907 da JCRJ a cerveja parda marca Leão sob o nº 5309.

Em 7 de outubro de 1909 o jornal O Pais publica que na sessão de 23 de setembro foi deferido o pedido de registro da marca Leão Stout


Em 25 de dezembro de 1909 o jornal O pais publica que na sessão de 13 de dezembro foi deferido o requerimento de Francisco Remesal para o cancelamento de sua marca sob o nº 2.718 (pode não ter relação com a firma atual, pode ser anterior).

Em 27 de janeiro de 1915 o Jornal do Brasil publica que na sessão de 11 de janeiro foi registrado o distrato entre Francisco Remesal e Iglezias.

Em 2 de dezembro de 1915 é publicada a notícia do falecimento de Francisco Remesal em 29 de novembro.

Em 22 de outubro de 1916, o Jornal do Comercio publica que na sessão de 16 de outubro de 1916 da JC foi deferida a transferência das marcas 5.308, 5.309, 6.203 e 6.229 da firma Remesal & Iglezias para João Iglézias Rodrigues da qual é sucessor.

Em 22 de abril de 1921 o jornal O Imparcial publica a notícia do enterro de João Iglezias Rodrigues, no dia de ontem.

Em 1922 passou a pertencer a Felgueiras & Marques Ltda (Domingos Joaquim Felgueiras e Luiz Pereira Marques) que mudam a fábrica para a Praça da República 65.

O Diário Oficial da União de 1º de agosto de 1923 publica os registros feitos na Junta Comercial do RJ sob o nº 19392 e 19393 para a cerveja de gengibirra e refrigerante de frutas.

Em 14 de março de 1923, O Diário Oficial da União publica o deferimento do registro da Cerveja Leão para Felgueiras & Marques.


Na sessão de 7 de maio de 1923, da Junta Comercial do RJ, Felgueiras & Marques fizeram requerimento para que lhes seja transferida a marca registrada sob o nº 13.178>

Em 11 de outubro de 1934 é publicado no DOU que em 6 de outubro de 1934 foi desfeita a sociedade da firma Felgueiras & Marques com a retirada dos sócios Domingos Joaquim Felgueiras, que recebe a importância de Rs 25:000$000 e Luiz Pereira marques que recebe Também Rs 25:000$000;

    


Em 14 de novembro de 1934, foi feito um contrato social entre Luiz Pereira Marques e Domingos Joaquim Felgueiras para o comercio de fabrico de cerveja à Praça da república nº 65, sob a firma Cervejaria Leão Ltda, com o capital de Rs 50:000$000 com prazo indefinido. (Depto Nacional de Industria e Comércio)

Em 08 de janeiro de 1935 falece o sócio Luiz Pereira marques.


Em 13 de julho de 1935 o jornal Gazeta de Notícias publica a dissolução da firma Cervejaria Leão Ltda pela morte do sócio Luiz pereira Marques.

Em 1936, Rosalina da Conceição Pereira (viúva de Luiz Pereira marques) passa a ser sucessora da firma Cervejaria Leão Ltda e Benjamim Rodrigues adquire a parte da firma referente à Domingos Joaquim Felgueiras.

Em 5 de abril 1937 o DOU publica que foi feito um contrato social entre Benjamim Rodrigues e Napoleão Soares Pereira para o comércio de cerveja, vinhos e etc. à Praça da república nº 65 com o capital de Rs 180:000$000 com prazo indeterminado sob a firma Cervejaria Leão Ltda.

Em 14 de janeiro de 1941 o DOU publica a admissão do sócio Afonso Araujo Pinto e a retirada do sócio Benjamim Rodrigues recebendo Rs20:000$000.

Em 3 de agosto de 1962 o DOU publica o registro da cerveja Black Leão sob o nº 379.042 para Cervejaria Leão Ltda.

Em 24 de dezembro de 1965 o DOU publica o requerimento para a renovação da marca Black Leão para Cervejaria Leão Ltda.

30/06/1967 última referência encontrada.

domingo, 6 de junho de 2021

Imperial Fábrica de Cerveja de Henry Leiden & Cia




Em 1864, após o falecimento de Alexandre Maria Villas-Boas, sócio na Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Henrique leiden, na Rua de Matacavallos 78, na Côrte (Rio de Janeiro). Henry Joseph Leiden (Henrique Leiden) deixa Leon Leiden, seu sobrinho, gerenciando a fábrica e se retira para Recife, Pernambuco, onde tem parentes.

O cervejeiro Henry Joseph Leiden fundara e era dono de fábricas no Rio de Janeiro (desde 1848; ele é considerado o pioneiro desta indústria no Brasil) e no Recife (pelo menos, desde 1866). E era tio de Henri Quanz, alemão da Baviera, que perdera os pais ainda criança e fora morar com parentes em Paris. Henri Quanz ali se casou com uma francesa, teve duas filhas (Ana e Valentina) e, de súbito, a mulher morreu.

Leiden tinha interesses industriais no Brasil, mas morava na Europa. Precisava, especialmente, de alguém confiável para administrar a fábrica do Recife. Convenceu o sobrinho recém-viúvo Henri Quanz a vir residir em Pernambuco. E lhe arranjou a noiva que queria “colocar”: sua cunhada (dele, Henry Leiden) Dorothea Elise Kruss, coincidentemente chega ao Recife no mesmo navio em que veio o alemão August Carl Ludwig Kruss, cunhado de Henry Leiden e que acabaria se tornando cunhado de Quantz.

Em 19 de maio de 1868, o Jornal do Recife publica o contrato social feito em 9 de maio, entre Henrique Leiden, Henrique Quanz e Augusto Kruss, estabelecidos na Boa Vista com fábrica de cerveja, vinagre, vinho e outros liquidos com o capital de 56:000$000 Rs, divididos da seguinte forma:Henrique Quanz com 15:000$000 Rs, o sócio Augusto Kruss com 11:000$000Rs e o sócio Henrique Leiden com 30:000$000 RS.

Ainda em 1868, Quanz brigou com Leiden e o casal Quanz, Henri e Dorothea, se mudam para a Paraíba, onde os dois viveram o resto das vidas.

Em 30 de março de 1876, o Jornal do Recife publica que Juiz Sebastião do Rego Baros de Lacerda, em 27 de março, decretou a falência de Henrique Leiden & Cia.


segunda-feira, 31 de maio de 2021

Henrique Leiden & Cia / Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Henrique Leiden




Durante anos, a maior parte da cerveja consumida era importada, nos anos 1830 surgiram as primeiras experiencias de produção da bebida na cidade fazendo nascer a ideia de estabelecerem-se, nesta cidade, cervejarias.

Em 1848, Henry Joseph Leiden (Henrique Leiden) iniciou suas atividades de fabricação de cerveja na rua Princeza dos Cajueiros, passando logo após para a Rua de Matacavallos 78, atualmente Rua do Riachuelo, nessa rua, que se localiza numa região fronteiriça do centro no limite entre o rural e o urbano, a caminho da Tijuca, foi fundada uma empresa que teria maior importância e longevidade: A Fábrica de Cerveja nacional de Henrique Leiden. O proprietário nascido na Argélia, filho de pai alemão, mãe francesa e oito irmãos, era casado com Amalie Maria Christina Leiden (solteira Kruss).

Ccom o sucesso do negócio logo abriu um depósito na Rua do Cano, atual Rua Sete de Setembro facilitando a distribuição do produto. Além disso implantou um sistema de entrega em casa.

Em 1852, Henrique Leiden pede à Commissão de Industria Manufactureira da Sociedade Auxiliadora da Industria nacional, o privilégio por vinte anos para a fabricação de cerveja nesta corte. O parecer da Commissão foi de que o Sr. Leiden não merece um favor tão grande quanto pede, porém que uma indústria como a do Sr. Leiden no pé em que está, porem imperfeita, merece algum favor do governo podendo ser a concessão de um privilégio por cinco anos. Nessa época a fábrica já contava com três empregados.

Em 1853, Henrique Leiden funda uma fábrica em Petrópolis, fato comprovado pelo relatório do Conselheiro Luiz Antonio Barbosa, presidente da Colônia de Petrópolis onde afirma a existência, nesse ano, de três fábricas de cerveja (presume-se que sejam as Carlos Rey, Luiz Augusto Chedel e Henrique Leiden).

Em 27 de maio de 1855, o Correio Mercantil publica o informe de que Henrique Leiden acaba de estabelecer na Rua da Assembleia 79 um depósito de cerveja de sua fábrica. Nesse ano sua fábrica já conta com dez operários livres, sendo oito homens e duas mulheres e nenhum escravo.


Em 2 de outubro de 1858, o Jornal do Comercio publica o informe que o Henrique Leiden deu sociedade de sua fábrica à Louis Jaeger passando a girar sob a firma Henrique Leiden & Cia.


Em 17 de janeiro de 1859, o Jornal do Comercio publica o anúncio da dissolução da sociedade entre Henrique Leiden e Carlos Bernsau que girava em Petrópolis sob a firma Henrique Leiden & Cia., ficando o ativo e o passivo a cargo do sócio Carlos Bernsau (esse sobrenome aparece de diversas maneiras: Bernsau, Bernsan, Bernson, Berenson)

Ainda em 1859, Henrique Leiden vende a sua filial da “Imperial Fabrica de Cerveja Nacional de Henrique Leiden” (Henrique Leiden & Cia) Em Petropolis, na Rua Princeza Dona Leopoldina nºs 16, 18 e 20, conhecida pela população como Rua dos Artistas (depois Rua 7 de Abril e hoje rua Alfredo Pachá), para Henrique Kremer que passa a se chamar “Imperial Fabrica de Cerveja de Henrique Kremer”.

Em 7 de maio de 1861 o jornal Diário do Rio de Janeiro publica que o Tribunal do Comércio recebeu na semana passada para registrar o contrato social entre Henrique Leiden, Leon Leiden (seu sobrinho) e Alexandre Maria Villa-Boas para uma fábrica de cerveja com o capital de 32:667$394 Rs sob a firma Henrique & Cia.


Ainda em 1861, Henrique Leiden apresentou ainda outra novidade. Abriu um “[...] salão para famílias, no qual se acharão todos os sorvetes, gelados, fôetes e mais refrescos da melhor qualidade” (CORREIO MERCANTIL, 1861, p. 3). O proprietário assegurava que eram similares aos oferecidos pelas grandes confeitarias da capital. Henrique Leiden, todavia, foi um dos pioneiros do país a fabricar o “gelo artificial”11. Com isso pôde oferecer sorvete durante todo ano, além de potencializar a venda de cervejas.

Pelo decreto de 14 de outubro de 1862, depois de grande debate público, Leiden recebeu o privilégio de explorar o mercado de gelo. Nesse ano, fez várias demonstrações na Escola Central, contando com a presença de deputados, senadores e negociantes (CORREIO MERCANTIL, 1862, p. 1).

Em 3 de maio de 1864, o Jornal do Comércio publica que foi feito um contrato social entre Leon Leiden e Augusto heyn para fabricar cerveja na rua de Matacavallos 76 e 78 nesta Côrte com o capital de 45:000$000 Rs, sob a firma Leon Leiden & Cia.


Em 12 de junho de 1864 falece Alexandre Maria Villas-Boas, com isso foi desfeita a sociedade e Leon Leiden, sobrinho de Henrique, assume a firma.


Em 1866, a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Leon Leiden & Cia. passa a ter como endereço a Rua do Riachuelo 76 e 78 e passa a ser uma fábrica a vapor e já conta com 32 empregados

Em 1870 é provavel que tenha ocorrido o falecimento de Henrique Leiden pois o Almanack Laemert de 1871 (referente ao ano de 1870) passa a fazer referencia à esposa de Henrique Leiden como Viúva Leiden.

Em 20 de maio de 1870 Leon Leiden convoca seus credores e avisa não ter condições de pagar suas dívidas, seus credores fizeram um acordão em que autorizavam a liquidação da firma e a venda de seus bens.

Em 5 de agosto de 1870 o Jornal do Comercio publica anuncio de leilão de carroças e animais pertencentes à fábrica de Leon Leiden.

Em 13 de outubro de 1870, atendendo requerimento do Dr. Firmo de Albuquerque Diniz procurador dos credores afirmando que não foi cumprido o acórdão, o Dr. Theodoro Machado Freire Pereira da Silva, juiz de direito da 1ª vara de comercio nesta corte, proferiu a sentença de abertura da falência a partir de 13 de setembro.

Em 12 de dezembro de 1870 o Jornal do Comercio publica o anúncio do leilão da fábrica de cerveja de Leon Leiden no dia seguinte, dia 13.

Em 1º de agosto de 1872 o jornal A Nação publica um anúncio para recebimento do rateio da massa falida de Leon Leiden.

Em 1873, a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Leon Leiden & Cia. passa a ter como responsável a viúva de Henrique Leiden, Amalie Maria Christina Leiden.

Em 5 de março de 1874, o Jornal do comércio publica que o Tribunal de Comércio Administrativo na sessão anterior passou carta de reabilitação à Leon Leiden.

Em 24 de junho de 1891 o Jornal do Comércio publica o aviso do falecimento de Leon Leiden no dia anterior>


sábado, 3 de abril de 2021

Fábrica de cerveja de Carlos Franke




O casal de emigrantes Johann Karl Friedrich Franke e Maria Margaretha Franke chegaram ao brasil em 1824, seus filhos, nascidos em Estancia velha foram os seguintes: Charlotte em 05 de julho de 1832, Johanna em 26 de setembro de 1833, Peter em 11 de setembro de 1839, Katharina em 21 de janeiro de 1841 e o caçula Philipp Karl Franke (Carlos Franke) em 28 de março de 1843.

Philipp Karl Franke (Carlos Franke) já morando em Pelotas – RS, casou em 15 de outubro de 1882 com Adolphine Ebling, nascida em Estancia Velha-RS, em 22 de junho de 1865, dessa união nasceram 10 filhos. Em 1893 Philipp Karl estabeleceu uma cervejaria em Pelotas, na Rua 25 de Março, hoje Rua Dr. Amarante, esquina de Rua Manduca Rodrigues, hoje Rua Prof. Dr. Araújo, onde produzia a cerveja Lager-Bier.