01 novembro 2025

Cervejaria Anchieta Ltda. / Companhia Cervejaria Anchieta



OBS: Não foram encontrados registros das diversas bebidas, seja na Junta Comercial, nem nos diversos jornais da época.

Em 20 de maio de 1947 foi registrada, na Junta Comercial do Estado de São Paulo, sob o número 95.997, o contrato social de uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada, com o capital de Cr$250.000,00 entre Urias de Castro Figueiredo (Cr$168.00,00), Antonio Zamarian (Cr$62.000,00) e Francisco Sampaio (Cr$10.000,00), sob o nome de Cervejaria Anchieta Ltda, estabelecida na Rua do Oratório 258, Mooca, capital de São Paulo, com o prazo de duração de 2 anos prorrogáveis por mais 5 anos, com a finalidade de fabricação de bebidas.


Em 28 de Julho de 1949, é registrado o vermute Xavantes, sob o nº 1524 da JUCESP (Junta Comercial do Estado de São Paulo).

Em 22 setembro de 1949, é registrado o aperitivo americano Xavantes, sob o nº 143 da JUCESP.

01 de outubro de 1949 o xarope artificial de groselha Xavantes registra sob o número 482 da JUCESP.

Em 5 de setembro de 1950 é alterado o contrato, sob o número 124.790, com a retirada do sócio Antonio Zamarian que transfere suas quotas a Urias de castro Figueiredo, ficando a sociedade constituída por Urias de Castro Figueiredo com Cr$240.000,00 e Francisco Sampaio com Cr$10.000,00.

Em 15 de setembro de 1950, é alterado o contrato, sob o número 125.056, onde o capital é elevado para Cr$1.500 000, 00 tendo sido admitidos na sociedade: Oscar Pereira Lima, Antonío Garcia Silveira, Alice Silva, Stela Maria da Silva e Irene Figueiredo Longo, Cr$l0. 000,00 cada um; Luiz Gonzaga de Souza Figueiredo, Cr$70.000,00; Antonio Salles Sampaio, Cr$35.000,00; Antonio Lima Figueiredo Filho, Cr$3.000,00; Henrique Setti, Cr$40.000,00; 0swaldo Teixeira Luz, Jose de Castro e Pedro dos Santos Figueiredo, Cr$20.000,00 cada um; Paulo Rios Castellões, Cr$24.000,00; Maria Juliana Lima Figueiredo, Cr$140. 000,00; Americo Pereira Lima e Celso Dias de Moura, Cr$50.000,00 cada um; Luiz Silveira Pena, Cr$5.000,00; brasileiros e Pedro Kazimour, Cr$66.000,00, húngaro; e ainda os remanescentes Francisco Sampaio, Cr$54.000,00 e Urias de Castro Figueiredo, Cr$853.000,00.

Na mesma data, 15 de setembro de 1950, é novamente alterado o contrato, sob o número 126.057, onde retiram-se Antonio Salles Sampaio, Antonio Garcia Silveira e Pedro Kazimour. .

  

Para manter o capital de Cr$1.500.000,00, as quotas ficaram assim constituídas pelos remanescentes: Alice Silva, Stela Maria da Silva, Luiz Silveira Pena e Oscar Pereira Lima, Cr$10.000,00 cada um; Luiz Gonzaga de Souza Figueiredo, Cr$70.000,00; Antonio Lima Figueiredo Filho, Cr$3.000,00; Francisco Sampaio, Cr$54.000,00; Henrique Setti, Irene Figueiredo Longo e Pedro dos Santos Figueiredo, Cr$40 000,00 cada um; Oswaldo Teixeira Luz, Jose de Castro Figueiredo, Cr$20.00,00 cada um; Paulo Rios Castellões, Cr$24.000,00; Urias de Castro Figueiredo, Cr$909.000,00; Maria Juliana Lima Figueiredo, Cr$140.000,00; Americo Pereira Lima, Celso Dias de Moura, Cr$50.000,00 cada um.

Em 30 de janeiro de 1951, é alterado o contrato, sob o número 128.317, onde o capital é elevado para Cr$7.500.000,00, ficando as quotas assim constituídas: Urias de Castro Figueiredo, Cr$5.517.000,OO; Maria Juliana lima Figueiredo, Cr$420.000,00; Francisco Sampaio, Cr$252.000,00; Irene Figueiredo Longo, Cr$240.000,00; Luiz Gonzaga de Souza Figueiredo, Cr$210.000;00; Américo Pereira Lima, Celso Dias de Moura, Cr$150 000,00 cada um; Henrique Setti, Pedro dos Santos Figueiredo, CR$120.000,00 cada um; Paulo Rios Castellões, Cr$72.000,00; José de Castro Figueiredo, Oswaldo Teixeira Luz, Cr$60.000,00 cada um, Oscar Pereira lima, Luiz Silveira Penna, Stella Maria da Silva, Alice Silva, Cr$30.000, 00 cada um; Antonio Lima Figueiredo Filho, Cr$9.000,00.

Em 23 de fevereiro de 1951 o Jornal de Notícias publicou que foi arquivado por despacho na Junta Comercial do Estado de São Paulo, sob o número 50.470, na sessão de 20 de fevereiro, a transformação da sociedade por quotas de responsabilidade limitada em sociedade anônima, com igual capital de Cr$7.500.000,00 com a mesma sede social nesta capital de São Paulo. Capital dividido em 7.500 ações de 1.000 cruzeiros, com o objetivo: Indústria e comércio de bebidas alcoólicas, inclusive cervejas, álcool, refrigerantes em geral e conexos, com o prazo de 20 anos, sob a denominação de Companhia Cervejaria Anchieta, com a seguinte diretoria: Presidente – Dr. Americo Pereira Lima, Diretor Superintendente – Dr. Urias de Castro Figueiredo, Diretor Comercial – Flavio Lapate, Diretor Secretário Francisco Sampaio e Diretor Industrial – Josef Gustav Augusti.

  

22 de março de 1951 o Jornal de Notícias publicou que foi arquivado por despacho na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o nº 50807, na sessão de 20 de março a ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 8 de março que elevou o capital para Cr$15.000.000,00 e alterou os estatutos.

Em 6 de maio de 1952, foi registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo, sob o número 59.305, a ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 16 de abril de 1952 de março que elevou o capital para Cr$20.000.000,00 e alterou o artigo 6º dos estatutos.

Em 12 de agosto de 1952, foi feita a transferência dos registros dos seguintes produtos: Aguardente de cana, Aguardente com Genciana, Bitter, Conhaque de Alcatrão e Mel, Conhaque, Quinado tinto doce, Vermute tinto seco, Aperitivo Americano, Licor de cacau, Xaropes artificiais de: abacaxi, Limão, Groselha e Morango. das marcas Anchieta e Xavantes da Cervejaria Anchieta Ltda para a Companhia Cervejaria Anchieta.

Em 8 de dezembro de 1955, foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, que em 30 de novembro a Companhia Cervejaria Anchieta pediu que seja impetrado os benefícios da concordata preventiva na impossibilidade de honrar seus compromissos em dia, propondo pagar 60% em 2 anos em 4 prestações semestrais. O Dr. Antonio da Rocha Paes, Juiz de Direito da 10ª Vara Cível determina que se processe a concordata.

Em 19 de maio de 1956, o Jornal Correio Paulistano publicou que por sentença do 10º Ofício Cível foi decretada a falência da Companhia Cervejaria Anchieta, registrada sob o número11.128 da Junta comercial do Estado de são Paulo, na sessão de 19 de junho.


03 fevereiro 2025

Fábrica de Cerveja Portugal / Cervejaria Portugal Ltda.



Em 1916 é estabelecida por Francisco Alves Ramalho, português aqui chegado em 19 de janeiro de 1885, a Fábrica de Cerveja Portugal, na Av. Floriano Peixoto 45, no Rio de Janeiro/RJ, sob a firma Francisco Alves Ramalho. onde começa a produzir as cervejas: Maria da Fonte (branca) e General Cadorna (preta).

Em 1918 passa a produzir a cerveja General Luso Alliado (não encontrei referência para saber se é a mesma cerveja General Cadorna com nome trocado).

  

Em 11 de julho de 1919, foi publicado no Jornal do Comércio o anúncio da constituição, no dia 1º de julho, de um contrato social entre Francisco Alves Ramalho, Paulo Vasquez Ferro e Turibio Alves Rodrigues Amorim, sob a firma Ramalho, Ferro & Amorim, em continuação à firma Francisco Alves Ramalho.

Em 25 de julho de 1919, foi publicado no Jornal do Comércio o anúncio de que no dia 15 de julho. foi dissolvida a sociedade de Ramalho, Ferro & Amorim, retirando-se os sócios Francisco Alves Ramalho, Paulo Vasquez Ferro e Turibio Alves Rodrigues Amorim, recebendo cada sócio a importância de Rs15:000$000 (quinze contos de Réis).

  

Em 22 de junho de 1920, o periódico O Jornal publica que foi arquivado na Junta Comercial do Rio de Janeiro, na sessão de 2 de junho, o contrato social entre Francisco Alves Ramalho e Francisco Freire de Almeida para exploração de fábrica de cerveja e o mais que possa convir à Rua Marechal Floriano 45, com o capital de Rs60:000$000 (sessenta contos de réis), sob a firma Ramalho & Almeida.

Em 12 de maio de 1922, o Jornal do comercio de publica que em 8 de maio foi feita a dissolução da firma Ramalho & Almeida, sociedade entre Francisco Alves ramalho e Francisco Freire de Almeida.

  

Em 25 de abril de 1925, o periódico O Jornal publica o aumento de capital da firma individual Francisco Alves Ramalho para Rs110:000$000 (cento e dez contos de réis).

Em 16 de maio de 1925, o periódico O Jornal publica que na sessão de 14 de maio da Junta comercial do Rio de Janeiro, foi pedido o cancelamento da firma individual Francisco Alves Ramalho.

  

Em 10 de junho de 1925, a Revista Universal publica que na sessão de 4 de maio de 1925, da Junta Comercial do Rio de janeiro, foi constituído o contrato social entre Manoel Ayres Martins, Manoel Duarte Muller, Francisco Alves Ramalho e Manuel Alves ramalho para o comércio de cerveja à Rua Marechal Floriano Peixoto, 45, com o capital de Rs180:000$000 (cento e oitenta contos de réis) com o prazo de dois anos sob a firma A. Martins, Muller & Cia.

Em 29 de maio de 1926, o Jornal do Comercio publica o comunicado que em virtude da saída do sócio Manuel Duarte Muller no dia 20 de maio foi alterado o contrato da sociedade A. Martins, Muller & Cia, organizando um novo contrato, onde Manuel Ayres Martins como solidário e Francisco Alves Ramalho como comanditário, sob a firma A. Martins & Cia que sucede aquela.

  

Em 23 de junho de 1928, o periódico O Jornal publica que na sessão de 18 de junho da Junta comercial do Rio de Janeiro, foi feito o distrato da firma A. Martins & Cia, retirando-se Manoel Ayres Martins que recebe Rs296:643$462 (duzentos e noventa e seis contos, seiscentos e quarenta e três mil e quatrocentos e sessenta e dois réis) e Manoel Alves Ramalho que recebe Rs22:111$987 (vinte e dois contos, cento e onze mil e novecentos e oitenta e sete réis).


Em 6 de julho de 1928, o Jornal do Comercio publica o contrato social entre Paulo Vasquez Ferro e Manoel Alves Ramalho para o comercio do fabrico de cerveja à R. Marechal Floriano 45, com o capital de Rs50:000$000 (cinquenta contos de réis) e com prazo indeterminado, sob a firma Ferro & Ramalho (Paulo Vasquez Ferro e Manoel Alves Ramalho). Obs: a data da Junta Comercial foi publicada errada.


Em 30 de julho de 1930, a Fábrica de Cerveja Portugal inaugura novas instalações na R. Visconde de Santa Isabel 32, no bairro de Vila Isabel e Transforma as instalações da Av. Floriano Peixoto, 45 em depósito.

Em 18 de setembro de 1955, o Jornal do Brasil publica a alteração contratual da Fábrica de Cerveja Portugal Ltda, arquivada no DNIC em 2 de agosto, onde se retira o sócio Paulo Vasquez Ferro (publicado erroneamente como Pablo Vasques Vasques) e admite como sócio Aurelio Oliveira Dias. Sob a firma Cervejaria Portugal Ltda.


Em 16 de julho de 1958, o Jornal do Comercio publica o aumento de capital da Cervejaria Portugal para Cr$ 3.000.000,00 (três milhões de cruzeiros). sendo Cr$ 2.820.000 (dois milhões e oitocentos e vinte mil cruzeiros) pertencentes à Manoel Alves Ramalho e Cr$180.000 (cento e oitenta mil cruzeiros) à Aurélio Oliveira Dias.


Em 10 de setembro de 1958, falece, em Portugal, Francisco Alves Ramalho, fundador da Fábrica de Cerveja Portugal e pai do sócio Manoel Alves Ramalho.


Em 15 de fevereiro de 1959, o Jornal do Comercio publica a alteração contratual da Cervejaria Portugal Ltda arquivada no DNIC em 9 de janeiro, com a admissão como sócio de Manoel Alves Ramalho Filho e o aumento de capital para Cr$ 4.000.000,00 (quatro milhões de cruzeiros).


Em 24 de agosto de 1959, renova o registro da marca de fábrica e passa a usar os dois nomes: Fábrica de Cerveja Portugal e Cervejaria Portugal Ltda, ao mesmo tempo.



Na década de 1970, a Cervejaria/Fábrica de Cerveja Portugal fecha as portas, não sei se encerra as atividades ou se é vendida para a Industria de Bebidas Amazonia Ltda, esta passa a fabricar e usar as marcas Maria da Fonte e Black Portugal.


07 novembro 2024

Fábrica de Cerveja Camões




Em 13 de agosto de 1917 o jornal “A Época” publica que na Diretoria de Obras da Prefeitura os senhores Penedo e Peres assinaram o termo de obrigação, pelo qual lhes é concedido a título precário licença para montagem de uma fábrica de cerveja no prédio nº 8 da Rua da Conceição no Rio de Janeiro, obrigando-se estes senhores a não usar nada que incomode o vizinho do referido prédio.

Em 8 de outubro de 1917, o Jornal do Comercio publica que na sessão da Junta Comercial de 1º de outubro de 1917, foi deferido o registro da marca Camões.


Em 15 de novembro de 1917, vários jornais, entre eles: O Paiz, O Lanterna, A Razão, etc. noticiam a festa de inauguração no dia anterior, dia14, às 16 horas, da Fábrica de Cerveja Camões, à rua da Constituição nº 8, no Rio de Janeiro, pela firma Penedo & Peres, composta pelos senhores Ermelindo Penedo Costa e Francisco Peres.



Em 1921, após 4 anos de existência, a fábrica possui 94 trabalhadores e gira com o capital de 40 contos de réis.


Em 1934 muda para a Rua Teodoro da Silva nº 1, em Vila Isabel.

  

A Gazeta de notícias de 29 de dezembro de 1937 publica que o Juiz da terceira vara atendendo ao requerimento de Manoel Piedras Martinez credor de Rs 32:237$000, decretou a falência de Penedo & Peres, estabelecido à Rua Teodoro da Silva 1ª, o termo legal retroagiu a 10 de novembro último.


Em 13 de fevereiro de 1938, o Jornal do Comercio, anuncia o leilão, em 18 de fevereiro, da massa falida da Fábrica de Cerveja Camões.


05 outubro 2024

Fabrica de Cerveja primavera / M. Lopes Gonzales / M. Lopes & Cia Ltda / Santos, Martins & Miranda / Fabrica de Cerveja Primavera Ltda / Antonio dos Santos - Cervejaria




A Fábrica de cerveja Primavera foi fundada em 1907 por Manoel Rodrigues Martins e Manoel Lopes Gonzales constituindo a firma Martins & Lopes, na Rua de São Jorge nº 37, Rio de janeiro.

Na sessão de 20 de abril de 1909 da Junta Comercial do Rio de Janeiro é registrada a cerveja Primavera Stout, sob o número 6051.

Em 1919, a Fábrica de Cerveja Primavera, passa a pertencer somente a Manoel Lopes Gonzales, sob a firma: M. Lopes Gonzales, a cervejaria tem um capital aplicado de R40.000$000 e uma fabricação de 30.000 a 50.000 garrafas.

Em 6 de setembro de 1921, o Decreto Municipal nº 1.599, mudou o nome da antiga rua de São Jorge, para rua Ledo, sobrenome de Joaquim Gonçalves Ledo, propagandista ardoroso da nossa independência política.


Em 1926, a Fabrica de cerveja Primavera passa a pertencer a Manoel Lopez Gonzales e Evaristo Nunes Miguez (espanhol), sob a firma M. Lopes & cia ltda, estabelecida à R. Ledo 77; a fábrica é dotada de aparelho modernos de origem alemã.(1942) (cervprimav)(londrina primavera)

  

Em 5 de setembro de 1935, o Decreto Municipal nº 5.624, anulando o decreto 1.599 de 1921, concedeu ao logradouro a denominação de rua Gonçalves Ledo, que ainda conserva até hoje.

Em 8 de agosto de 1945, o Jornal do Brasil publica a venda, em 3 de agosto, por M. Lopes & Cia. Ltda., para os sócios solidários: Alberto dos Santos, Alberto Martins Ribeiro e Domingos de Araujo Miranda, sob a firma: Santos, Martins & Miranda - Fábrica de cerveja Primavera. Nesta época a Fábrica de Cerveja primavera trabalha com 10 empregados, faz suas entregas em 3 caminhões de sua propriedade e no verão tem uma produção diária de 6.000 garrafas.


Em 10 de julho de 1946, o Jornal do Brasil publica o arquivamento em 17 de junho, no Departamento de Indústria e Comércio do RJ, da alteração do contrato social da firma Santos, Martins & Miranda, originada pela retirada do sócio Domingos Araujo Miranda, pago com Cr$210.000,00 e satisfeito de seus haveres. Continuando os sócios remanescentes a explorar o mesmo ramo de negócio sob a firma Santos, Martins & Miranda - Fábrica de cerveja Primavera. (primavera3)


Em 27 de julho de 1946 Transformação da sociedade solidária Santos, Martins & Miranda para sociedade limitada, sob a firma: Fábrica de Cerveja Primavera Ltda, aumento do capital social para Cr$500.000,00, dividido em partes iguais entre os sócios cotistas: Alberto dos Santos e Alberto Martins Ribeiro e outras modificações contratuais.


Em 30 de junho de 1947, foi aumentado o capital para Cr$ 750.000,00, em partes iguais para os dois sócios Alberto dos Santos e Alberto Martins Ribeiro.

Em 30 de abril de 1952, o Jornal do Brasil publica que, em 25 de abril deste ano, foi feita a dissolução da sociedade, entre Alberto dos Santos e Alberto Martins Ribeiro. pela retirada do sócio Alberto Martins Ribeiro, com a importância de Cr$ 442.597,53. Ficando o sócio Alberto dos Santos, de nacionalidade portuguêsa, aqui chegado em 1923, casado com brasileira e tendo 3 filhos dessa união, responsável individualmente pela firma Fábrica de cerveja Primavera Ltda, à R. Gonçalves Ledo 77.


Ainda neste ano, 1952, a firma passa a ser Antonio dos Santos - Cervejaria.


Em 23 de outubro de 1971, o periódico “O Jornal” publica que o Juizo da Quinta Vara Cível da Guanabara, em 07 de outubro de 1971, faz saber que se processe o pedido de concordata preventiva de Alberto dos Santos – Cervejaria.


Nesta época a Cervejaria Amazonia passa a comprar as marcas das cervejarias que iam fechando as portas, com isso conseguiu ser a única cervejaria de alta fermentação no Rio de janeiro, chegando a ser proprietária de 12 marcas de cervejas tradicionais.

  

29 junho 2024

Sociedade coletiva Mora, Cervejaria mora, Fábrica de Bebidas Cascata S/A.




No ano de 1842, um capítulo começou a ser escrito na história de Petrópolis com a chegada de 1.500 famílias de colonos alemães. Na implantação e desenvolvimento da cidade imperial, eles eram exemplos de determinação e sempre respeitaram as condições naturais da região. Com destreza, aliaram cuidado e perfeição nas tarefas que executaram no passado, inúmeras e quase sempre minuciosas. Caminhando pelas ruas de Petrópolis, até hoje, é possível identificar esses trabalhos nos rendilhados em madeira nas varandas e no modelo de calçamento em paralelepípedos das ruas.

A imigração italiana em Petrópolis aconteceu entre o final do Século XIX e o início do Século XX, e se concentrou, basicamente, em Cascatinha e no Alto da Serra; teve por objetivo fornecer mão-de-obra operária para as indústrias têxteis da época.

Em Cascatinha, sede da Companhia Petropolitana de Tecidos, que data de 1873, os italianos respondiam por cerca de 40% (quarenta por cento) da população local. Quando foi fundada, no Alto da Serra, a Fábrica Cometa, que também, em larga medida, valeu-se do trabalho de italianos que, por não possuírem um lugar para residência, foram morar, muitos deles, na vila operária de Cascatinha.

Desde a chegada ao Brasil, as condições desses estrangeiros não eram favoráveis, até porque inexistiam leis trabalhistas que lhes assegurassem direitos. Assim, a história de Petrópolis deve ser contada tanto à luz da colonização germânica no 1º Distrito, quanto da imigração italiana, operária e proletária. É preciso manter vivas as tradições que nos foram legadas pelos italianos, e que podem ser constatadas até hoje em nosso cotidiano: a tradição católica, que muito enriqueceu de festas e devoção desses bairros italianos, os jogos de bocha, que até a bem pouco tempo era praticado na Praça de Cascatinha, e no ponto mais visível para a maioria das pessoas, que é a gastronomia, com as tradicionais massas feitas com receitas caseiras que perpassam gerações. Muitos são os exemplos da vida em sociedade tendo os italianos em destaque , o legado de tantas famílias italianas, seus valores individuais e também os “causos” divertidos que animam o senso comum quando se fala da espontaneidade e da alegria dos italianos.

Em 1893. É fundada por colonos italianos a Sociedade Coletiva Mora, em Petrópolis – RJ, uma fábrica de cervejas com método de fabricação totalmente artesanal, com processos bastante antiquados como a fermentação ambiente.

Em 1º de julho de 1903, a cervejaria organizou-se como indústria, no endereço original à Rua Bernardo de Vasconcellos, 306, na Cascatinha. 2º distrito do município de Petrópolis – RJ, onde a família Mora começou a fabricar seus produtos como tantas outras fábricas similares fabricando somente cerveja. Se tornando, posteriormente, destaque no mercado cervejeiro do antigo Estado do Rio com a produção das cervejas Cascata Preta e Cascata Branca.

Não consegui referências quanto às firmas iniciais da Cervejaria Cascata, mas ela mudou ao longo do tempo como o mostram as diversas notas fiscais: Em 1904 a firma era Joaquim Francisco & Cia, em 1910 já era Pellegrini & Mora e mais tarde em 1916 somente Luiz Mora.

    

Em meio a primeira guerra mundial (1914/18) com as dificuldades criadas pelas potências em guerra ao comércio marítimo até dos países neutros, ante a escassez de matéria-prima importada (lúpulo e cevada) viu-se a empresa obrigada a restringir consideravelmente a sua produção. Foi quando, para contornar a situação e não encerrar temporariamente sua atividade, deliberou a direção da Cascata incorporar à sua linha de produção outros tipos de bebidas que não dependessem, em sua feitura, integralmente das importações. Surgiu, então a fabricação de refrigerantes, predominando o guaraná, bebida não alcoólica, 100% brasileira, de sabor agradável, com propriedades tônicas e nutrientes, cuja crescente expansão do consumo assegurou, desde logo, novas possibilidades à indústria libertando-a da fabricação de um só produto.


Passou, também, a Fábrica Cascata a produzir Conhaque, Vermute, Aniz, Fernet, Laranjinha. Licor de Cacau, Genebra, etc. que lograram boa aceitação do público.

  

    

O anúncio da Cervejaria Cascata em 1928 também era especifico quanto a seus produtos. Produção das famosas cervejas Branca e Preta, sendo que a preta era vendida em todos os pontos da baixada onde houvesse um ponto dos ônibus da Única e Útil em direção à Petrópolis e concorria com a famosa cerveja preta da "Americana" ainda de rolha. Outros produtos segundo o anúncio eram seus licores finos, águas gasosas, um glamour entre as damas, os famosos xaropes para fazer refresco que dominavam o comercio popular nos quarteirões e serviam para a cozinha fazer iguarias consideradas de primeira qualidade, principalmente algumas alemãs. E finalmente a bebida em que os Mora eram considerados experts na fabricação, assim como todos os italianos, o Fernet chamado por eles por Fernet-Mora.

Como podemos observar por sua publicidade, era distribuidora oficial dos produtos da Cia. Cervejaria Hanseática do Rio de Janeiro, em Petrópolis. Mas em 1942, a cervejaria Hanseática foi adquirida pela Brahma, o que conduziu ao fim do contrato de distribuição.

  

Funcionou neste endereço original à Rua Bernardo de Vasconcellos, na Cascatinha, até fevereiro de 1935 quando transferiu suas instalações para o 1º distrito do município de Petrópolis, à rua Washington luiz, 455, onde adquiriram grande terreno, instalando na frente do mesmo sua fábrica e nos fundos uma vila de casas para a própria família, assim como o prédio que foi construído sobre o edifício da fábrica.


Com o desenvolvimento da empresa e sua transformação em sociedade anônima em 1947, constituindo a Fábrica de Bebidas Cascata S/A.

Em 28 de outubro de 1947 solicita o registro da Água Tônica Mora, deferido e registrado sob o número 91.


Em 30 de dezembro de 1947 solicita o registro dos seguintes produtos:
Guaraná gaseificado marca Mora, registrado sob o número 104.
Guaraná gaseificado marca Cascata, registrado sob o número 105.
Amargo à base de vinho de laranja marca Amargo Mora, registrado sob o número 50.

Em 25 de maio de 1948 solicita o registro dos seguintes produtos: Xaropes de Framboesa, damasco e tamarindo marca Mora registrados sob os números: 193, 196 e 199 respectivamente.

Após a aposentadoria do fundador e patriarca Luiz Móra (Luigi), italiano do Vêneto, os filhos: Torino Mora junto com os irmãos Floriano no marketing e Italo no laboratório, novo edifício foi construído, aparelhado com o mais moderno maquinário de alto rendimento existente, com a capacidade de produção de 6.300 unidades de refrigerantes por hora. Pasteurizador francês, máquinas de engarrafar, máquina de misturar o xarope, laboratório, as sementes do guaraná eram moídas no laboratório, poço artesiano, fábrica de gelo, faziam seus próprios engradados assim como tinham máquinas de rotular, oficina mecânica e marcenaria para manutenção.

Na década de 60 lançaram os refrigerantes Cola-Mora e o Crik laranja, eram com eles feitos também o Cuba Libre e o Hi Fi. Eram produtos de alta qualidade, produtos engarrafados em garrafinhas especiais, com o símbolo da Cascata gravado na garrafa.


A Fábrica de Bebidas Cascata funcionou até a década de 1980.