Para um melhor entendimento sobre a história dessa cervejaria é necessário algumas notas, a Cervejaria José Weiss esteve atuante durante 98 anos, 94 dos quais sob a administração da família Weiss. Seus administradores ao longo do tempo foram: José Weiss, Viuva José Weiss (Henriqueta Guilhermina Weiss), José Weiss Júnior, Eduardo Weiss, José Weiss Neto. E foi administrada nos últimos 4 anos por um grupo de empresários portugueses que mantiveram o nome. Mas vamos ao que interessa.
O imigrante alemão Joseph (José) Weiss chegou ao Brasil em 1858 com cinco anos de idade, era natural da cidade de Dalberg, estado da Saxônia na Alemanha, veio para o Brasil acompanhado de seus pais Joseph Weiss e Elisabeth Shrunk e seus quatro irmãos menores: Agnes, Elisabeth, Susanna e Phillip.
Em Juiz de Fora-MG, anos depois, casou-se com Henriqueta Guilhermina e teve onze filhos: José Weiss Junior, Jacob, Eduardo, Guilherme, Elisa, Catharina, Sophia, Gabriella, Dorotéia, Henriqueta e Maria Elisa.
Trabalhou durante algum tempo como cervejeiro na Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Augusto Kremer, tornando-se, em pouco tempo, sócio da firma.
Com a morte do proprietário da cervejaria Augusto Kremer em 1878, a sociedade que havia entre eles é dissolvida,em 14 de janeiro de 1879, retirando-se com o valor de seis contos de réis, que era o seu capital, acrescido de mais dez contos de réis entre valores em caixa da cervejaria e o depósito que havia na cidade de Barbacena, Minas Gerais.
Meses depois de deixar a sociedade da firma Augusto Kremer & C., José Weiss anuncia no jornal O Pharol a instalação de sua nova fábrica de cerveja, dentro do primeiro núcleo habitacional alemão conhecido como Villagem (localizado afastado do centro da cidade), situada na antiga chácara do barão de Pitangui, primo-irmão de Mariano Procópio, a qual estava aberta para arrendamento desde 1877, sob a responsabilidade da Companhia União e Indústria.
José Weiss era um exigente cervejeiro, que fabricava artesanalmente sua própria cerveja, havendo informações que as fabricadas em Juiz de Fora causavam dor de cabeça. Weiss controlava os ingredientes que eram empregados na fabricação da bebida, fazia questão que a água fosse puríssima e, além disso, importava o malte, o cânhamo e lúpulo da Alemanha.
Dentro da Villagem, a área de destaque logo se definia: A fábrica marcava o final da primitiva Rua da Colônia (atual Bernardo Mascarenhas). A rua que se tornou o polo atrativo para a elite.
O cotidiano dos alemães não era só de trabalho, das nove cervejarias existentes na cidade de Juiz de Fora, cinco propiciavam à população juizforana momentos de diversão e lazer. Eram parques, jardins, salões destinados à realização de bailes, espaço livre para jogos recreativos e brincadeiras que propiciavam o encontro de toda sociedade. Nesses espaços, assim como nas associações assistencialistas, os alemães podiam manter vivas algumas de suas tradições e, ainda, ampliar o convívio com a sociedade local.
O alemão José Weiss era muito influente, tanto entre os colonos alemães, quanto na comunidade juiz-forana. Muitas das festas da colônia, até o ano de 1892, foram realizadas nas dependências de sua cervejaria.
A Cervejaria José Weiss, foi sucesso na cidade, tornando-se ponto de encontro de imigrantes alemães e seus descendentes.
Em 1897 foi constituído o hipódromo, Prado de Juiz de Fora, nas terras arrendadas da cervejaria, mais tarde,em 1906, foi transformado em velódromo do Cicle Club Juiz de Fora.
Em volta da cervejaria, foram construídos um grande salão de festas para bailes e parque de diversão, com roda gigante, a primeira da cidade, pista para boliche e o estande de tiro do Revólver Club. Grandes eventos foram realizados no grande pátio da cervejaria. Entre eles, uma homenagem ao governador de Minas, Antônio Carlos Andrada. Era um local amplo e pitoresco no qual se faziam pic-nics animados por bandas de música, dançava-se, embriagava-se, atirava-se em pombos ou no alvo, apostava-se em corridas de cavalos, tomava-se a melhor soda da cidade.
No pátio da cervejaria, na rua Bernardo Mascarenhas, eram realizados “Biergärten”, grandes eventos onde a rainha da cervejaria, a cerveja Britannia, era servida gelada.
Em 1902, a fábrica tem uma produção anual de 60000 garrafas de cerveja e 12000 de água mineral emprega 6 pessoas e possui maquinismo para arrolhamento das garrafas e fabrico de água mineral.
Em 23 de julho de 1903, José Weiss vem a falecer e sua esposa e seus filhos continuam a gerenciar a cervejaria.
Mais tarde, a viúva de José Weiss, além de manter a produção dos produtos já existentes iniciou a produção de uma cerveja preta especial, muito nutritiva e de sabor agradável.
Em 16 de dezembro de 1906 é inaugurado o velódromo nas terras da cervejaria.
Em 1907, a fábrica de cerveja Weiss, em Juiz de Fora - MG, conta com 10 empregados.
Sob a administração de seu filho José Weiss Júnior foram fabricados diversas marcas de cerveja e refrigerantes
Em 3 de junho de 1920, falecia na cidade, aos 42 anos de idade, o capitão José Weiss (josé Weiss Júnior), gerente e co-proprietário da Cervejaria José Weiss. Ficando a cervejaria a cargo do seu irmão Sr. Eduardo Weiss.
Até a década de 1920, Juiz de Fora era considerada a principal cidade de Minas Gerais, por sua pujança econômica e por seu desenvolvimento cultural. A cidade está localizada próxima ao Rio de Janeiro e vivenciou um intenso processo de modernização a partir da segunda metade do século XIX.
A cervejaria, ao longo do tempo, participou de diversas exposições tanto na cidade, quanto em outros estados e até em outros países. Esteve presente em 29 de agosto de 1886 no Paço da Câmara Municipal, apresentando seus produtos na Exposição Municipal de Juiz de Fora, participou da exposição realizada em 1907, no interior mineiro, em Leopoldina e também em 1908 na Exposição Nacional do Centenário, no Rio de janeiro, em 1910 participou da Exposição Turim-Roma e em 1921 em Londres.
Em 1947, o engenheiro Dr. José Weiss Neto assume a direção da cervejaria.
Em 2 de maio de 1948, falece em sua residência, na Rua Bernardo Mascarenhas no. 1503, o Sr. Eduardo Weiss, proprietário da Cervejaria José Weiss e diretor do Centro Industrial de Juiz de Fora.
Em 1950, O Dr. José Weiss Neto, após comprar todo maquinário moderno de engarrafamento, trouxe um dos 10 melhores mestres cervejeiros da Alemanha, Senhor Adolph Redlish e família, com isso elevou muito o nível e lançaram a cerveja Weiss Export, deixando e ser uma venda regional para se expandir para novos mercados, principalmente Rio de Janeiro, onde em pouco tempo, foi reconhecida como a melhor cerveja brasileira. A Cervejaria José Weiss ficou famosa pela cerveja choppinho, produzida no formato long neck.
Em 1973, a cervejaria foi vendida para um grupo português, que ainda tentou manter o nome e a cervejaria funcionando sob a nova direção. Funcionou até o ano de 1977, quando foi declarada sua falência. A massa falida dos portugueses, bem como as instalações da antiga Cervejaria José Weiss foi comprada pelo empresário Luiz Ferreira Marangon Macedo. Marangon, ao adquirir a fábrica e os equipamentos muda o nome para Cervejaria Americana, sem nenhuma relação, mas com o mesmo nome da antiga Cervejaria Americana ex-Germania.
O imigrante alemão Joseph (José) Weiss chegou ao Brasil em 1858 com cinco anos de idade, era natural da cidade de Dalberg, estado da Saxônia na Alemanha, veio para o Brasil acompanhado de seus pais Joseph Weiss e Elisabeth Shrunk e seus quatro irmãos menores: Agnes, Elisabeth, Susanna e Phillip.
Em Juiz de Fora-MG, anos depois, casou-se com Henriqueta Guilhermina e teve onze filhos: José Weiss Junior, Jacob, Eduardo, Guilherme, Elisa, Catharina, Sophia, Gabriella, Dorotéia, Henriqueta e Maria Elisa.
Trabalhou durante algum tempo como cervejeiro na Imperial Fábrica de Cerveja Nacional de Augusto Kremer, tornando-se, em pouco tempo, sócio da firma.
Com a morte do proprietário da cervejaria Augusto Kremer em 1878, a sociedade que havia entre eles é dissolvida,em 14 de janeiro de 1879, retirando-se com o valor de seis contos de réis, que era o seu capital, acrescido de mais dez contos de réis entre valores em caixa da cervejaria e o depósito que havia na cidade de Barbacena, Minas Gerais.
Meses depois de deixar a sociedade da firma Augusto Kremer & C., José Weiss anuncia no jornal O Pharol a instalação de sua nova fábrica de cerveja, dentro do primeiro núcleo habitacional alemão conhecido como Villagem (localizado afastado do centro da cidade), situada na antiga chácara do barão de Pitangui, primo-irmão de Mariano Procópio, a qual estava aberta para arrendamento desde 1877, sob a responsabilidade da Companhia União e Indústria.
José Weiss era um exigente cervejeiro, que fabricava artesanalmente sua própria cerveja, havendo informações que as fabricadas em Juiz de Fora causavam dor de cabeça. Weiss controlava os ingredientes que eram empregados na fabricação da bebida, fazia questão que a água fosse puríssima e, além disso, importava o malte, o cânhamo e lúpulo da Alemanha.
Dentro da Villagem, a área de destaque logo se definia: A fábrica marcava o final da primitiva Rua da Colônia (atual Bernardo Mascarenhas). A rua que se tornou o polo atrativo para a elite.
O cotidiano dos alemães não era só de trabalho, das nove cervejarias existentes na cidade de Juiz de Fora, cinco propiciavam à população juizforana momentos de diversão e lazer. Eram parques, jardins, salões destinados à realização de bailes, espaço livre para jogos recreativos e brincadeiras que propiciavam o encontro de toda sociedade. Nesses espaços, assim como nas associações assistencialistas, os alemães podiam manter vivas algumas de suas tradições e, ainda, ampliar o convívio com a sociedade local.
O alemão José Weiss era muito influente, tanto entre os colonos alemães, quanto na comunidade juiz-forana. Muitas das festas da colônia, até o ano de 1892, foram realizadas nas dependências de sua cervejaria.
A Cervejaria José Weiss, foi sucesso na cidade, tornando-se ponto de encontro de imigrantes alemães e seus descendentes.
Em 1897 foi constituído o hipódromo, Prado de Juiz de Fora, nas terras arrendadas da cervejaria, mais tarde,em 1906, foi transformado em velódromo do Cicle Club Juiz de Fora.
Em volta da cervejaria, foram construídos um grande salão de festas para bailes e parque de diversão, com roda gigante, a primeira da cidade, pista para boliche e o estande de tiro do Revólver Club. Grandes eventos foram realizados no grande pátio da cervejaria. Entre eles, uma homenagem ao governador de Minas, Antônio Carlos Andrada. Era um local amplo e pitoresco no qual se faziam pic-nics animados por bandas de música, dançava-se, embriagava-se, atirava-se em pombos ou no alvo, apostava-se em corridas de cavalos, tomava-se a melhor soda da cidade.
No pátio da cervejaria, na rua Bernardo Mascarenhas, eram realizados “Biergärten”, grandes eventos onde a rainha da cervejaria, a cerveja Britannia, era servida gelada.
Em 1902, a fábrica tem uma produção anual de 60000 garrafas de cerveja e 12000 de água mineral emprega 6 pessoas e possui maquinismo para arrolhamento das garrafas e fabrico de água mineral.
Em 23 de julho de 1903, José Weiss vem a falecer e sua esposa e seus filhos continuam a gerenciar a cervejaria.
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Mais tarde, a viúva de José Weiss, além de manter a produção dos produtos já existentes iniciou a produção de uma cerveja preta especial, muito nutritiva e de sabor agradável.
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Em 16 de dezembro de 1906 é inaugurado o velódromo nas terras da cervejaria.
Em 1907, a fábrica de cerveja Weiss, em Juiz de Fora - MG, conta com 10 empregados.
Sob a administração de seu filho José Weiss Júnior foram fabricados diversas marcas de cerveja e refrigerantes
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Em 3 de junho de 1920, falecia na cidade, aos 42 anos de idade, o capitão José Weiss (josé Weiss Júnior), gerente e co-proprietário da Cervejaria José Weiss. Ficando a cervejaria a cargo do seu irmão Sr. Eduardo Weiss.
Até a década de 1920, Juiz de Fora era considerada a principal cidade de Minas Gerais, por sua pujança econômica e por seu desenvolvimento cultural. A cidade está localizada próxima ao Rio de Janeiro e vivenciou um intenso processo de modernização a partir da segunda metade do século XIX.
A cervejaria, ao longo do tempo, participou de diversas exposições tanto na cidade, quanto em outros estados e até em outros países. Esteve presente em 29 de agosto de 1886 no Paço da Câmara Municipal, apresentando seus produtos na Exposição Municipal de Juiz de Fora, participou da exposição realizada em 1907, no interior mineiro, em Leopoldina e também em 1908 na Exposição Nacional do Centenário, no Rio de janeiro, em 1910 participou da Exposição Turim-Roma e em 1921 em Londres.
Em 1947, o engenheiro Dr. José Weiss Neto assume a direção da cervejaria.
Em 2 de maio de 1948, falece em sua residência, na Rua Bernardo Mascarenhas no. 1503, o Sr. Eduardo Weiss, proprietário da Cervejaria José Weiss e diretor do Centro Industrial de Juiz de Fora.
Em 1950, O Dr. José Weiss Neto, após comprar todo maquinário moderno de engarrafamento, trouxe um dos 10 melhores mestres cervejeiros da Alemanha, Senhor Adolph Redlish e família, com isso elevou muito o nível e lançaram a cerveja Weiss Export, deixando e ser uma venda regional para se expandir para novos mercados, principalmente Rio de Janeiro, onde em pouco tempo, foi reconhecida como a melhor cerveja brasileira. A Cervejaria José Weiss ficou famosa pela cerveja choppinho, produzida no formato long neck.
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Em 1973, a cervejaria foi vendida para um grupo português, que ainda tentou manter o nome e a cervejaria funcionando sob a nova direção. Funcionou até o ano de 1977, quando foi declarada sua falência. A massa falida dos portugueses, bem como as instalações da antiga Cervejaria José Weiss foi comprada pelo empresário Luiz Ferreira Marangon Macedo. Marangon, ao adquirir a fábrica e os equipamentos muda o nome para Cervejaria Americana, sem nenhuma relação, mas com o mesmo nome da antiga Cervejaria Americana ex-Germania.
4 comentários:
Uma pesquisa e tanto 👏👏👏👏
Uau!!! Que pesquisa fantástica...moro próximo á antiga cervejaria José Weiss. A rua onde resido, leva o ilustre nome de Rua Eduardo Weiss.
Eu sou filho de Gabriela Weiss meurer e Nelson parente
Olá. A cervejaria apoiava o nazismo. Tenho uma foto do jornal de 1933 que encontrei em uma pesquisa que mostra uma foto que eles tiraram de seus dirigentes para um jornal local que mostra uma suástica e seu apoio.
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