Baseado no site: Novo Milenio
Imagens dos rótulos cedidas pelo colecionador Paulo Antunes Júnior
Imagens dos rótulos cedidas pelo colecionador Paulo Antunes Júnior
Em 1887, Antonio Cardoso de Gouvêa, português, natural da Beira Alta, chegou ao Brasil. Trabalhou durante algum tempo como empregado em fábrica de bebidas até se estabelecer.
Em 1894, é fundada uma fábrica de licores, xaropes, cervejas, vinagres, álcool e aguardente, na Rua General Caldwel, números 106 e 108, na Côrte (atual centro do Rio de Janeiro), sob a razão social de Rosa & Gouvêa, com os seguintes sócios: Antônio Cardoso de Gouvêa, Manoel Francisco Rosa (comanditário), Antônio Joaquim Soares e Joaquim Dias de Mattos Barreto (interessados).
Em 11 de setembro de 1896, o Diário Oficial da União (DOU) publica o arquivamento, na semana de 23 a 26 de março, do contrato social entre Antônio Cardoso de Gouvea e Manoel Francisco Rosa para o comercio de fabrica de vinagre, licores, etc., nesta praça à Rua General Caldwel 106 e 108, com o capital de 30:000$000 sob a firma Rosa & Gouvea.
Em março de 1900 é realizado o contrato entre A. Cardoso de Gouvea e o sócio comanditário Manoel Francisco da Rosa para o comércio de vinagre, etc., com o capital do l00:000$000, sendo metade de cada sócio, sob a firma A. Cardoso de Gouvea & Comp.
Em 1º de abril de 1900 o DOU publica que foi arquivado, na sessão de 22 de janeiro de 1900, da junta Comercial do Rio de janeiro o distrato da firma Rosa & Gouvêa.
Em 15 de abril de 1900 é publicado o deferimento, na sessão de 12 de fevereiro de 1900 da Junta Comercial, do registro de uma nova firma com a denominação de A. Cardoso de Gouvêa & Comp., com fábrica e escritórios situados à Rua do Senado 162.
O Jornal O País publica, em 18 de março de 1900, a notícia de que A. Cardoso de Gouvea & Cia requer a transferência do copiador em branco da firma antecessora Rosa & Gouvea e em 10 de julho requer a anotação de seu endereço, junto à Junta Comercial do Rio de Janeiro.
Consta nos registros do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) que a Marca Globo foi concedida, a A. Cardoso de Gouvêa, em 1º de janeiro de 1901 e sendo seu último depósito em 22 de setembro de 1964, estando atualmente extinto o registro.
Em 1902 entrou para a casa, como empregado, o senhor Manoel José Fernandes, também português e natural do Minho. Passando a sócio em 1905.
Em 18 de janeiro de 1906, A. Cardoso de Gouvea & Comp. registra a marca Globo, como marca geral de seu estabelecimento sob o nº 4530 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 22 de fevereiro de 1906 renova o registro da marca de cerveja branca Globo sob o nº 3417 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 28 de novembro de 1907 registra a marca de cerveja Mumme sob o nº 4534 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 1908, os produtos da firma receberam grandes prêmios e medalhas de ouro na Exposição Nacional, no Rio de Janeiro, nesse ano passa a ter, também, como endereço, Rua Frei Caneca, 51 (sala de cinema).
Em 2 de agosto de 1909 registra a marca de cerveja Black Rio Branco, sob o nº6229 da Junta Comercial do Rio de Janeiro.
Ainda neste ano, 1909, é corrigida a numeração dos prédios da Rua do Senado, recebendo, a fábrica, o número 230.
Em 1910, veio para o Brasil o senhor Benjamim Cardoso de Gouvêa, irmão do chefe da firma, passando a fazer parte da sociedade da casa.
Em 1911, os produtos da firma tornaram a receber um diploma de honra e medalha de prata na Exposição de Turim, na Itália.
Em 31 de janeiro de 1916 registra a marca de cerveja Venus sob o nº 11008 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 21 de junho de 1917 foi registrado na Junta comercial do Rio de Janeiro a alteração da firma para A. Cardoso de Gouvêa & Comp. Sucessores, sendo feito também, nesta data, os registros de alteração nas marcas de todos seus produtos.
Em 6 de março de 1918, o Diário Oficial da União (DOU) publica o arquivamento de seu distrato social e, na mesma data, que na Junta Comercial do Rio de janeiro, na sessão de 21 de fevereiro de 1918, foi registrado o contrato da firma A. Cardoso de Gouvea & comp., firma composta pelo sócio solidário A. Cardoso de Gouvea e do comanditário José Cardoso de Gouvea, com o capital de 200:000$000, para o comercio de vinagre, cerveja, etc. que fabricam.
Em 1922, A fábrica tem 55 operários e ocupa uma área de 2.800 metros quadrados, a sua produção anual vai a cerca de 2.000.000 de litros de licores e cerveja, 600.000 litros de álcool e 1.200.000 litros de aguardente. A cerveja, marca Globo, fabricada pela firma, goza de grande reputação em todo o país, assim como os seus outros produtos, que são vendidos em todo o Brasil.
Em 18 de agosto de 1923, é publicado no DOU a relação oficial dos expositores premiados na Exposição Internacional do Centenário da Independência e entre eles está o nome de A. Cardoso de Gouvea & Comp., tendo recebido o grande premio na classe 56 (Xaropes e licores) e medalha de ouro na classe 57 (Vinhos de cana e cervejas).
Em 5 de março de 1925, o Diário Oficial da União publica a alteração de capital de 200:000$000 para 500:000$000 e mais algumas alterações em seu contrato social, arquivado na sessão de 23 de fevereiro de 1925 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 24 de julho de 1926, o Diário Oficial da União publica que: Antônio Cardoso de Gouvêa e Amandio Silva Amado, sócios de A. Cardoso de Gouvêa & Comp., informam que retirou-se o sócio Amandio Silva Amado, tendo recebido todos seus haveres conforme distrato social registrado na junta comercial desta capital sob o nº 103412, na sessão de 19 de julho de 1926. E na mesma data informa que em sucessão à razão social de A. Cardoso de Gouvea & comp., ora dissolvida, adotou a firma A. Cardoso de Gouvea - Fábrica de Cerveja Globo que começou a vigorar em 1º de julho de 1926 e que continuará com o mesmo ramo de álcool e aguardente e fabricação de bebidas nacionais no mesmo endereço, com o capital de 500:000$000. Passaram a ter participação na firma os senhores: Joaquim Dias de Mattos Barreto, Antônio Pinto Ferreira e Álvaro Romualdo da Silva.
Em 23 de janeiro de 1931, é constituída a Sociedade Anônima A. Cardoso de Gouvêa, com o capital de mil e duzentos contos de réis (1.200:000$000), dividido em 1.200 ações de um conto de réis (1:000$000) da seguinte forma: A. Cardoso de Gouvêa, bens no valor de 1.000 ações; Octávio Walter, 40 ações; Alexandre Gonçalves Almeida, 40 ações; Álvaro Romualdo da Silva, 30 ações; Antônio Pinto Ferreira, 30 ações; Dª Adélia Pizzi, 20 ações, Manuel José Fernandes, 10 ações, Lucio Guedes, 10 ações, Álvaro Ferreira Moreira, 10 ações; Gil Fernandes, 4 ações; Cesar Rebello Gomes, 4 ações e Dr. Godofredo Saturnino da Silva Pinto, 2 ações.
Em 11 de junho de 1931, através do decreto 20.093 é autorizada a Sociedade Anônima Fábrica Cardoso de Gouvêa, a funcionar na República. Este decreto solicita a alteração da firma: S/A A. Cardoso de Gouvêa para S/A Fábrica de Bebidas Cardoso Gouvêa (de A. para Fábrica de Bebidas).
Na assembleia geral de 10 de outubro de 1946 foi aprovado o aumento do capital social de Cr$1.200.000,00 para Cr$2.000.0000,00
O senhor Antonio Cardoso de Gouvêa foi diretor do Gabinete Português de Leitura, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição, de Vila Viçosa, de Portugal, sócio benemérito da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência, e fez parte de outras instituições pias.
Em 29 de abril de 1948 falece o senhor Antonio Cardoso de Gouveia.
Em 1894, é fundada uma fábrica de licores, xaropes, cervejas, vinagres, álcool e aguardente, na Rua General Caldwel, números 106 e 108, na Côrte (atual centro do Rio de Janeiro), sob a razão social de Rosa & Gouvêa, com os seguintes sócios: Antônio Cardoso de Gouvêa, Manoel Francisco Rosa (comanditário), Antônio Joaquim Soares e Joaquim Dias de Mattos Barreto (interessados).
Em 11 de setembro de 1896, o Diário Oficial da União (DOU) publica o arquivamento, na semana de 23 a 26 de março, do contrato social entre Antônio Cardoso de Gouvea e Manoel Francisco Rosa para o comercio de fabrica de vinagre, licores, etc., nesta praça à Rua General Caldwel 106 e 108, com o capital de 30:000$000 sob a firma Rosa & Gouvea.
Em março de 1900 é realizado o contrato entre A. Cardoso de Gouvea e o sócio comanditário Manoel Francisco da Rosa para o comércio de vinagre, etc., com o capital do l00:000$000, sendo metade de cada sócio, sob a firma A. Cardoso de Gouvea & Comp.
Em 1º de abril de 1900 o DOU publica que foi arquivado, na sessão de 22 de janeiro de 1900, da junta Comercial do Rio de janeiro o distrato da firma Rosa & Gouvêa.
Em 15 de abril de 1900 é publicado o deferimento, na sessão de 12 de fevereiro de 1900 da Junta Comercial, do registro de uma nova firma com a denominação de A. Cardoso de Gouvêa & Comp., com fábrica e escritórios situados à Rua do Senado 162.
Consta nos registros do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) que a Marca Globo foi concedida, a A. Cardoso de Gouvêa, em 1º de janeiro de 1901 e sendo seu último depósito em 22 de setembro de 1964, estando atualmente extinto o registro.
Em 1902 entrou para a casa, como empregado, o senhor Manoel José Fernandes, também português e natural do Minho. Passando a sócio em 1905.
Em 18 de janeiro de 1906, A. Cardoso de Gouvea & Comp. registra a marca Globo, como marca geral de seu estabelecimento sob o nº 4530 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 22 de fevereiro de 1906 renova o registro da marca de cerveja branca Globo sob o nº 3417 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 1910, veio para o Brasil o senhor Benjamim Cardoso de Gouvêa, irmão do chefe da firma, passando a fazer parte da sociedade da casa.
Em 1911, os produtos da firma tornaram a receber um diploma de honra e medalha de prata na Exposição de Turim, na Itália.
Em 31 de janeiro de 1916 registra a marca de cerveja Venus sob o nº 11008 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 21 de junho de 1917 foi registrado na Junta comercial do Rio de Janeiro a alteração da firma para A. Cardoso de Gouvêa & Comp. Sucessores, sendo feito também, nesta data, os registros de alteração nas marcas de todos seus produtos.
Em 6 de março de 1918, o Diário Oficial da União (DOU) publica o arquivamento de seu distrato social e, na mesma data, que na Junta Comercial do Rio de janeiro, na sessão de 21 de fevereiro de 1918, foi registrado o contrato da firma A. Cardoso de Gouvea & comp., firma composta pelo sócio solidário A. Cardoso de Gouvea e do comanditário José Cardoso de Gouvea, com o capital de 200:000$000, para o comercio de vinagre, cerveja, etc. que fabricam.
Em 1922, A fábrica tem 55 operários e ocupa uma área de 2.800 metros quadrados, a sua produção anual vai a cerca de 2.000.000 de litros de licores e cerveja, 600.000 litros de álcool e 1.200.000 litros de aguardente. A cerveja, marca Globo, fabricada pela firma, goza de grande reputação em todo o país, assim como os seus outros produtos, que são vendidos em todo o Brasil.
Em 18 de agosto de 1923, é publicado no DOU a relação oficial dos expositores premiados na Exposição Internacional do Centenário da Independência e entre eles está o nome de A. Cardoso de Gouvea & Comp., tendo recebido o grande premio na classe 56 (Xaropes e licores) e medalha de ouro na classe 57 (Vinhos de cana e cervejas).
Em 24 de julho de 1926, o Diário Oficial da União publica que: Antônio Cardoso de Gouvêa e Amandio Silva Amado, sócios de A. Cardoso de Gouvêa & Comp., informam que retirou-se o sócio Amandio Silva Amado, tendo recebido todos seus haveres conforme distrato social registrado na junta comercial desta capital sob o nº 103412, na sessão de 19 de julho de 1926. E na mesma data informa que em sucessão à razão social de A. Cardoso de Gouvea & comp., ora dissolvida, adotou a firma A. Cardoso de Gouvea - Fábrica de Cerveja Globo que começou a vigorar em 1º de julho de 1926 e que continuará com o mesmo ramo de álcool e aguardente e fabricação de bebidas nacionais no mesmo endereço, com o capital de 500:000$000. Passaram a ter participação na firma os senhores: Joaquim Dias de Mattos Barreto, Antônio Pinto Ferreira e Álvaro Romualdo da Silva.
Em 11 de junho de 1931, através do decreto 20.093 é autorizada a Sociedade Anônima Fábrica Cardoso de Gouvêa, a funcionar na República. Este decreto solicita a alteração da firma: S/A A. Cardoso de Gouvêa para S/A Fábrica de Bebidas Cardoso Gouvêa (de A. para Fábrica de Bebidas).
O senhor Antonio Cardoso de Gouvêa foi diretor do Gabinete Português de Leitura, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição, de Vila Viçosa, de Portugal, sócio benemérito da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência, e fez parte de outras instituições pias.
Em 29 de abril de 1948 falece o senhor Antonio Cardoso de Gouveia.
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