Baseado no site: Novo Milenio
Imagens dos rótulos cedidas pelo colecionador Paulo Antunes Júnior
Imagens dos rótulos cedidas pelo colecionador Paulo Antunes Júnior

Em 1894, é fundada uma fábrica de licores, xaropes, cervejas, vinagres, álcool e aguardente, na Rua General Caldwel, números 106 e 108, na Côrte (atual centro do Rio de Janeiro), sob a razão social de Rosa & Gouvêa, com os seguintes sócios: Antônio Cardoso de Gouvêa, Manoel Francisco Rosa (comanditário), Antônio Joaquim Soares e Joaquim Dias de Mattos Barreto (interessados).
Em 11 de setembro de 1896, o Diário Oficial da União (DOU) publica o arquivamento, na semana de 23 a 26 de março, do contrato social entre Antônio Cardoso de Gouvea e Manoel Francisco Rosa para o comercio de fabrica de vinagre, licores, etc., nesta praça à Rua General Caldwel 106 e 108, com o capital de 30:000$000 sob a firma Rosa & Gouvea.
Em março de 1900 é realizado o contrato entre A. Cardoso de Gouvea e o sócio comanditário Manoel Francisco da Rosa para o comércio de vinagre, etc., com o capital do l00:000$000, sendo metade de cada sócio, sob a firma A. Cardoso de Gouvea & Comp.
Em 1º de abril de 1900 o DOU publica que foi arquivado, na sessão de 22 de janeiro de 1900, da junta Comercial do Rio de janeiro o distrato da firma Rosa & Gouvêa.
Em 15 de abril de 1900 é publicado o deferimento, na sessão de 12 de fevereiro de 1900 da Junta Comercial, do registro de uma nova firma com a denominação de A. Cardoso de Gouvêa & Comp., com fábrica e escritórios situados à Rua do Senado 162.

Consta nos registros do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) que a Marca Globo foi concedida, a A. Cardoso de Gouvêa, em 1º de janeiro de 1901 e sendo seu último depósito em 22 de setembro de 1964, estando atualmente extinto o registro.
Em 1902 entrou para a casa, como empregado, o senhor Manoel José Fernandes, também português e natural do Minho. Passando a sócio em 1905.
Em 18 de janeiro de 1906, A. Cardoso de Gouvea & Comp. registra a marca Globo, como marca geral de seu estabelecimento sob o nº 4530 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 22 de fevereiro de 1906 renova o registro da marca de cerveja branca Globo sob o nº 3417 da Junta Comercial do Rio de janeiro.





Em 1910, veio para o Brasil o senhor Benjamim Cardoso de Gouvêa, irmão do chefe da firma, passando a fazer parte da sociedade da casa.
Em 1911, os produtos da firma tornaram a receber um diploma de honra e medalha de prata na Exposição de Turim, na Itália.
Em 31 de janeiro de 1916 registra a marca de cerveja Venus sob o nº 11008 da Junta Comercial do Rio de janeiro.
Em 21 de junho de 1917 foi registrado na Junta comercial do Rio de Janeiro a alteração da firma para A. Cardoso de Gouvêa & Comp. Sucessores, sendo feito também, nesta data, os registros de alteração nas marcas de todos seus produtos.
Em 6 de março de 1918, o Diário Oficial da União (DOU) publica o arquivamento de seu distrato social e, na mesma data, que na Junta Comercial do Rio de janeiro, na sessão de 21 de fevereiro de 1918, foi registrado o contrato da firma A. Cardoso de Gouvea & comp., firma composta pelo sócio solidário A. Cardoso de Gouvea e do comanditário José Cardoso de Gouvea, com o capital de 200:000$000, para o comercio de vinagre, cerveja, etc. que fabricam.
Em 1922, A fábrica tem 55 operários e ocupa uma área de 2.800 metros quadrados, a sua produção anual vai a cerca de 2.000.000 de litros de licores e cerveja, 600.000 litros de álcool e 1.200.000 litros de aguardente. A cerveja, marca Globo, fabricada pela firma, goza de grande reputação em todo o país, assim como os seus outros produtos, que são vendidos em todo o Brasil.
Em 18 de agosto de 1923, é publicado no DOU a relação oficial dos expositores premiados na Exposição Internacional do Centenário da Independência e entre eles está o nome de A. Cardoso de Gouvea & Comp., tendo recebido o grande premio na classe 56 (Xaropes e licores) e medalha de ouro na classe 57 (Vinhos de cana e cervejas).

Em 24 de julho de 1926, o Diário Oficial da União publica que: Antônio Cardoso de Gouvêa e Amandio Silva Amado, sócios de A. Cardoso de Gouvêa & Comp., informam que retirou-se o sócio Amandio Silva Amado, tendo recebido todos seus haveres conforme distrato social registrado na junta comercial desta capital sob o nº 103412, na sessão de 19 de julho de 1926. E na mesma data informa que em sucessão à razão social de A. Cardoso de Gouvea & comp., ora dissolvida, adotou a firma A. Cardoso de Gouvea - Fábrica de Cerveja Globo que começou a vigorar em 1º de julho de 1926 e que continuará com o mesmo ramo de álcool e aguardente e fabricação de bebidas nacionais no mesmo endereço, com o capital de 500:000$000. Passaram a ter participação na firma os senhores: Joaquim Dias de Mattos Barreto, Antônio Pinto Ferreira e Álvaro Romualdo da Silva.


Em 11 de junho de 1931, através do decreto 20.093 é autorizada a Sociedade Anônima Fábrica Cardoso de Gouvêa, a funcionar na República. Este decreto solicita a alteração da firma: S/A A. Cardoso de Gouvêa para S/A Fábrica de Bebidas Cardoso Gouvêa (de A. para Fábrica de Bebidas).

O senhor Antonio Cardoso de Gouvêa foi diretor do Gabinete Português de Leitura, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição, de Vila Viçosa, de Portugal, sócio benemérito da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência, e fez parte de outras instituições pias.
Em 29 de abril de 1948 falece o senhor Antonio Cardoso de Gouveia.

Nenhum comentário:
Postar um comentário