Baseado nos textos:
Os Antigos Produtores de Bebida - Ademar Campos Bindé - Jornal O Reporter - 29 de maio de 2010.
Fábricas de Cerveja e gasosa em Ijuhy e Região - HoraH nº 12 de 6 de maio de 2011.
No desenvolvimento de Ijuí, a produção de bebidas se destaca não apenas como prática econômica, mas também como importante atividade cultural exercida pelo colono imigrante, que trouxe para nossa região as tradições e costumes de sua região de origem. Percebe-se o predomínio do colono alemão na fabricação de cerveja e do colono italiano no ramo do vinho.
Segundo o relatório de 1912 da Comissão de Terras e Colonização de Ijuhy, em que constam dados para um diagnóstico socioeconômico do então município:
A população de Ijuí, era calculada entre 25 a 28.000 habitantes. Havia 70 casas de comércio, 16 serrarias a vapor, 1 serraria hidráulica, 28 moinhos hidráulicos para milho, trigo e centeio, 4 moinhos a vapor para os mesmos cereais, 42 engenhos de cana, 11 fábricas de cerveja e gazoza, 2 de banha (refinarias), 19 ferrarias e fábricas de carroças e carros, 6 olarias, 2 carpintarias a vapor, 5 curtumes, 3 atafonas (fábricas de farinha de mandioca), 3 padarias, 6 funilarias, 4 engenhos a vapor de beneficiar arroz, 4 engenhos hidráulicos para o mesmo cereal, 9 hospedarias e restaurantes, 4 hotéis, 3 açougues, 7 alfaiatarias, 5 sapatarias, 4 barbearias, 3 depósitos de madeiras, 2 armazéns de consignação e despacho de mercadorias, 2 relojoarias, 1 tipografia, 5 médicos, 2 advogados, 1 fábrica de mobílias de vime, 85 fábricas de manteiga de nata doce, 1 ourivesaria, 1 depósito de cal, 1 fábrica de móveis de madeira, 1 fotógrafo, 1 oficina mecânica e armeiro, 1 bazar, 1 pedreiro construtor”.
A produção era calculada em 5.000 contos e a exportação em 2.500 a 3.000 contos. Exportava-se banha, fumo, feijão, milho, madeiras em toras, tábuas, linhas, pranchões,
No ano anterior, 1911, entre os primeiros habitantes de origem alemã, provenientes de Santa Cruz do Sul a se fixar e se estabelecer em Ijuí, na então “Colônia de Ijuhy”, estava a família do Sr. Alberto Henrique Augusto Genz, nascido em 1878 e casado em 1908 com Paulina Schütz.
Após comprar o lote urbano nº 3 na Rua 13 de maio, o Sr. Genz instalou uma cervejaria na confluência das Ruas Coronel Dico e 13 de Maio, local onde posteriormente foi instalada a antiga Casa Jost.
Fabricava cerveja com a marca Ganso e também Gazosa.
A administração do Sr. Genz chegou ao fim em 1924 quando a cervejaria foi assumida por Steglich e Werner que logo no ano seguinte, 1925, a eletrificam.
Depois de vender a cervejaria, o Sr. Genz junto com seus filhos Júlio e Alberto Fernando instala uma manufatura de fumo, nesta época já possuia um matadouro e fábrica de salames, além de um açougue no centro da cidade.
Veio a falecer em 15 de janeiro de 1931 em Ijuí.
Mas os efeitos da existência, no mercado, de um produto mais competitivo influenciaram, mas não tão rapidamente sobre a cervejaria ijuiense, que produzia para a cidade e localidades próximas.
Aos poucos, ela deixa de produzir e passa a atuar como revendedora da Cia. Cervejaria Brahma. A exigência da Brahma, de que a revendedora local vendesse também seus refrigerantes, fez ocasionar o fim da fábrica, que fecha definitivamente em 1971.
Segundo o relatório de 1912 da Comissão de Terras e Colonização de Ijuhy, em que constam dados para um diagnóstico socioeconômico do então município:
A população de Ijuí, era calculada entre 25 a 28.000 habitantes. Havia 70 casas de comércio, 16 serrarias a vapor, 1 serraria hidráulica, 28 moinhos hidráulicos para milho, trigo e centeio, 4 moinhos a vapor para os mesmos cereais, 42 engenhos de cana, 11 fábricas de cerveja e gazoza, 2 de banha (refinarias), 19 ferrarias e fábricas de carroças e carros, 6 olarias, 2 carpintarias a vapor, 5 curtumes, 3 atafonas (fábricas de farinha de mandioca), 3 padarias, 6 funilarias, 4 engenhos a vapor de beneficiar arroz, 4 engenhos hidráulicos para o mesmo cereal, 9 hospedarias e restaurantes, 4 hotéis, 3 açougues, 7 alfaiatarias, 5 sapatarias, 4 barbearias, 3 depósitos de madeiras, 2 armazéns de consignação e despacho de mercadorias, 2 relojoarias, 1 tipografia, 5 médicos, 2 advogados, 1 fábrica de mobílias de vime, 85 fábricas de manteiga de nata doce, 1 ourivesaria, 1 depósito de cal, 1 fábrica de móveis de madeira, 1 fotógrafo, 1 oficina mecânica e armeiro, 1 bazar, 1 pedreiro construtor”.
A produção era calculada em 5.000 contos e a exportação em 2.500 a 3.000 contos. Exportava-se banha, fumo, feijão, milho, madeiras em toras, tábuas, linhas, pranchões,
No ano anterior, 1911, entre os primeiros habitantes de origem alemã, provenientes de Santa Cruz do Sul a se fixar e se estabelecer em Ijuí, na então “Colônia de Ijuhy”, estava a família do Sr. Alberto Henrique Augusto Genz, nascido em 1878 e casado em 1908 com Paulina Schütz.
Após comprar o lote urbano nº 3 na Rua 13 de maio, o Sr. Genz instalou uma cervejaria na confluência das Ruas Coronel Dico e 13 de Maio, local onde posteriormente foi instalada a antiga Casa Jost.
Fabricava cerveja com a marca Ganso e também Gazosa.
A administração do Sr. Genz chegou ao fim em 1924 quando a cervejaria foi assumida por Steglich e Werner que logo no ano seguinte, 1925, a eletrificam.
Depois de vender a cervejaria, o Sr. Genz junto com seus filhos Júlio e Alberto Fernando instala uma manufatura de fumo, nesta época já possuia um matadouro e fábrica de salames, além de um açougue no centro da cidade.
Veio a falecer em 15 de janeiro de 1931 em Ijuí.
Mas os efeitos da existência, no mercado, de um produto mais competitivo influenciaram, mas não tão rapidamente sobre a cervejaria ijuiense, que produzia para a cidade e localidades próximas.
Aos poucos, ela deixa de produzir e passa a atuar como revendedora da Cia. Cervejaria Brahma. A exigência da Brahma, de que a revendedora local vendesse também seus refrigerantes, fez ocasionar o fim da fábrica, que fecha definitivamente em 1971.
2 comentários:
Muito legal essa matéria, sou neto do Alberto Genz.
Obrigado..
Antonio Carlos Porto Genz
Muito legal! Sou trisneto de Alberto Genz.
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