segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cervejaria e Fábrica de Gazosa de Alberto Genz / Cervejaria Ganso / Steglish & Werner



Baseado nos textos:
Os Antigos Produtores de Bebida - Ademar Campos Bindé - Jornal O Reporter - 29 de maio de 2010.
Fábricas de Cerveja e gasosa em Ijuhy e Região - HoraH nº 12 de 6 de maio de 2011.


No desenvolvimento de Ijuí, a produção de bebidas se destaca não apenas como prática econômica, mas também como importante atividade cultural exercida pelo colono imigrante, que trouxe para nossa região as tradições e costumes de sua região de origem. Percebe-se o predomínio do colono alemão na fabricação de cerveja e do colono italiano no ramo do vinho.

Segundo o relatório de 1912 da Comissão de Terras e Colonização de Ijuhy, em que constam dados para um diagnóstico socioeconômico do então município:
A população de Ijuí, era calculada entre 25 a 28.000 habitantes. Havia 70 casas de comércio, 16 serrarias a vapor, 1 serraria hidráulica, 28 moinhos hidráulicos para milho, trigo e centeio, 4 moinhos a vapor para os mesmos cereais, 42 engenhos de cana, 11 fábricas de cerveja e gazoza, 2 de banha (refinarias), 19 ferrarias e fábricas de carroças e carros, 6 olarias, 2 carpintarias a vapor, 5 curtumes, 3 atafonas (fábricas de farinha de mandioca), 3 padarias, 6 funilarias, 4 engenhos a vapor de beneficiar arroz, 4 engenhos hidráulicos para o mesmo cereal, 9 hospedarias e restaurantes, 4 hotéis, 3 açougues, 7 alfaiatarias, 5 sapatarias, 4 barbearias, 3 depósitos de madeiras, 2 armazéns de consignação e despacho de mercadorias, 2 relojoarias, 1 tipografia, 5 médicos, 2 advogados, 1 fábrica de mobílias de vime, 85 fábricas de manteiga de nata doce, 1 ourivesaria, 1 depósito de cal, 1 fábrica de móveis de madeira, 1 fotógrafo, 1 oficina mecânica e armeiro, 1 bazar, 1 pedreiro construtor”.
A produção era calculada em 5.000 contos e a exportação em 2.500 a 3.000 contos. Exportava-se banha, fumo, feijão, milho, madeiras em toras, tábuas, linhas, pranchões,

No ano anterior, 1911, entre os primeiros habitantes de origem alemã, provenientes de Santa Cruz do Sul a se fixar e se estabelecer em Ijuí, na então “Colônia de Ijuhy”, estava a família do Sr. Alberto Henrique Augusto Genz, nascido em 1878 e casado em 1908 com Paulina Schütz.

Após comprar o lote urbano nº 3 na Rua 13 de maio, o Sr. Genz instalou uma cervejaria na confluência das Ruas Coronel Dico e 13 de Maio, local onde posteriormente foi instalada a antiga Casa Jost.

Fabricava cerveja com a marca Ganso e também Gazosa.


A administração do Sr. Genz chegou ao fim em 1924 quando a cervejaria foi assumida por Steglich e Werner que logo no ano seguinte, 1925, a eletrificam.

Depois de vender a cervejaria, o Sr. Genz junto com seus filhos Júlio e Alberto Fernando instala uma manufatura de fumo, nesta época já possuia um matadouro e fábrica de salames, além de um açougue no centro da cidade.

Veio a falecer em 15 de janeiro de 1931 em Ijuí.


Mas os efeitos da existência, no mercado, de um produto mais competitivo influenciaram, mas não tão rapidamente sobre a cervejaria ijuiense, que produzia para a cidade e localidades próximas.

Aos poucos, ela deixa de produzir e passa a atuar como revendedora da Cia. Cervejaria Brahma. A exigência da Brahma, de que a revendedora local vendesse também seus refrigerantes, fez ocasionar o fim da fábrica, que fecha definitivamente em 1971.

3 comentários:

Antonio Carlos disse...

Muito legal essa matéria, sou neto do Alberto Genz.
Obrigado..

Antonio Carlos Porto Genz

Anônimo disse...

Muito legal! Sou trisneto de Alberto Genz.

Anônimo disse...

Sou bisneto de Alberto Genz. Meu nome é Carlos Alberto Genz.

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